Uma cantora mirim trilha do sucesso
19:30
Um novo talento surge na Zona
Oeste. E Lívia de Oliveira dos Santos, que começa a brilhar nos shows como MC
Pink. Aos 14 anos, ela já está preparando um LP, com músicas de rap. E, nesse
seu primeiro trabalho, a cantora mirim aproveita para fazer uma homenagem a seu
pai, que brilhou em outro palco: o campo de futebol. Ela é filha caçula do
inesquecível Garrincha.
“— Eu sou suspeita para falar, mas acho que a música que fiz sobre o meu pai tem tudo para agradar. O “Rap do Garrincha” fala sobre um pouco de sua vida e que craque ele era. Pena que não o tenha conhecido direito, porque ele morreu quando eu era muito pequena” — diz.
Há bem pouco tempo, Lívia nem
pensava que poderia fazer sucesso como cantora. Incentivada por uma amiga,
pensou em se inscrever num festival de rap, mas sem maiores compromissos.
Para falar a verdade, não gostava muito de rap. Só fui me interessar por esse tipo de musica por causa do meu Irmão Wendell, que foi o primeiro a me dar força quando quis investir na carreira artística. Por isso, quando soube pela minha amiga que ia ter um festival de rap no Bangu, pensei em me inscrever só de onda — diz.
No entanto, ao ser descoberta
pelo cantor e empresário Jorge Nobre, tudo mudou. A partir daí, Lívia se tornou
a MC Pink e até já participou de shows. So que, agora, a cantora mirim está
mais preocupada com a gravação do seu primeiro LI que é produzido pelo DJ Rico.
Aluna da 7 série da Escola Municipal Nações Unidas, em Bangu (onde mora), ela
acredita que a carreira não irá atrapalhar os seus estudos.
“— Eu estou preparada para o sucesso —“ diz, confiante.
O LP de MC Pink (que deve estar
pronto daqui a dois meses) terá duas montagens e seis raps - quatro são de
autoria da própria cantora:
“— Quando quero compor uma música me tranco no quarto até a inspiração bater”.
Créditos:
Jornais de Bairro - 1995
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