Mistura de ritmos e estilos no ‘début’

13:11

Funk: Vinicius, do Méier, e Andinho, de Caxias, lançam o primeiro CD da dupla, ” Inocente”



Funkeiros investem em disco eclético 

Se no mundo do funk o céu é de Claudinho e Buchecha, na Baixada aterra pertence a Vinicius e Andinho. A dupla, formada há tres anos, acaba de lançar o seu primeiro CD, com um título que contraria a imagem atual do funk: “Inocente”. O sucesso já veio à tona. Os dois chegam a fazer 16 shows por semana, sendo cinco só aos domingos. No disco de Vinicius e Andinho tem música pop, dance, pagode, reggae e até um refrão em espanhol. Mas o forte da dupla é o funk melody.

“— A gente arrisca um portunhol. Falando sério, felizmente o nosso CD está entre os mais procurados do ritmo” — diz Andinho. Vinicius, que mora no Méler, conheceu Andinho, de Caxias, num estúdio. Os dois já eram cantores antes de serem apresentados. Fanático por samba, Andinho sempre sonhou em formar um grupo de pagode, mas, como ele mesmo diz, Vinicius foi convincente.

“— Sempre apostei no nosso trabalho com o funk melody e convenci o Andinho disso. Acho que estava certo, a parceria está em perfeita sintonia” — avalia Vinicius, que é irmão do DJ Marlboro, um dos maiores papas no estilo. 

 A dupla não sabe ao certo, mas calcula que em cada show consiga reunir de duas mil a seis mil pessoas. Resultado: uma legião de fãs. Andinho, de 24 anos, é casado, ou como prefere, “enrolado”. Já Vinicius, de 27, que está solteiro, não dispensa o clichê: 

 “— Estou à procura de um coração apaixonado”. 

 Longe dos palcos, Vinícius administra parte da empresa de transportes da família, a Nanatur, e Andinho tem um bar. 

 “— Ponho meu sogro para trabalhar e fico atrás do balcão, compondo. Meu melhor lazer é fazer música, não há nada igual” — diz Andinho. 

 A dupla reprova as notícias envolvendo grupos de funkeiros. Segundo os dois rapazes, em qualquer lugar com muita gente acontecem brigas, não só em bailes funk. 

“— As pessoas vêem um grupo brigando e logo já o chamam de funkeiro. E preciso saber que não são apenas os funkeiros que gritam: Ah, eu tô maluco!” — argumenta Vinicius. 

E Andinho compara: “— O samba também sofreu essa discriminação, foi marginalizado por muitos anos”.
 
Créditos: Fátima Freitas – Ano: 1997 / Foto: Jornal Funk Mania


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