Buchecha encontra os atores Dérik Machado e Alex Gomes, que viverão o MC e Claudinho em musical sobre funk
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Há 20 anos, quando começou a cantar ao lado de Claudinho, Buchecha não tinha ideia de que eles marcariam diferentes gerações de fãs. Menos ainda que a dupla seria vivida pelos atores Alex Gomes e Dérik Machado no espetáculo "Funk Brasil – 40 anos de baile – O musical", que vai contar a trajetória do carioquíssimo gênero.
— Eu fico feliz pra caramba de fazer parte dessa história, que agora será contada por vocês — comemorou o cantor, que encontrou a equipe do espetáculo no workshop que o EXTRA acompanhou no Iate Clube Guanabara, na Ilha do Governador.
Tietado por atores e diretores, Buchecha contou e ouviu histórias como a de Alex Gomes, que pela segunda vez interpreta Claudinho, desde a morte do artista em 2002. A primeira foi no programa "Por toda minha vida" na Globo sobre a dupla.
— Converso com Claudinho. Quando ia gravar a última cena do programa, errei quatro vezes, pedi licença ao diretor e fui falar com ele. Pedi: "Claudinho, como você quer que eu faça? Me ajuda!". Voltei e gravei de primeira — lembrou o ator.
Qual o papo?
Bem-humorado, Buchecha perguntou sobre o quê Alex e seu amigo conversam...
— Se ele não tiver mudado, só deve falar de futebol, quer dizer de Flamengo, e mulher — apostou o funkeiro, para gargalhada geral.
Ao eterno parceiro, Buchecha disse que dedica sua carreira, porque não teria virado artista se não fosse ele.
— Eu não gostava de funk, só de samba e de pagode. O Claudinho vinha me chamar para fazermos show e eu me escondia dele. Achava estranho ver um negão rebolando no palco — confessou.
Para Dérik, ator nascido no Chapéu Mangueira e revelado num curso de talentos promovido em morros pacificados, o MC profetizou:
— Tem uma galera naquela comunidade que vai se espelhar no Dérik. Você é um feixe de luz na escuridão!
A ideia é fazer todo mundo dançar
A partir do dia 9 de agosto, o público poderá assistir a "Funk Brasil – 40 anos de baile — O musical", no Teatro Miguel Falabella, no NorteShopping. O espetáculo vai levar para o palco, ou melhor, para a pista de dança, todos aqueles que ajudaram a construir o tal do "som de preto, de favelado, que quando toca ninguém fica parado".
— É uma peça-baile, os atores dançam o tempo todo e se revezam em vários papéis — explica a diretora Joana Lebreiro.
Só para citar, Pedro Monteiro faz DJ Marlboro e Rômulo Costa; Alex Gomes é Hermano Vianna e Claudinho; Dérik Machado vive Gerson King Combo e Buchecha; e Marcelo Cavalcanti encarna Latino e Big Boy. Cabe a Cintia Rosa desfilar como Tati Quebra Barraco e Zezé Motta, enquanto Julia Gorman interpreta a Patricinha do Funk.
O texto da peça é uma adaptação de João Bernardo Caldeira e Pedro Monteiro do livro "Batidão — Uma História do funk", de Silvio Essinger.
— Lembro que todo mundo com quem conversei gostou deste livro — opinou Buchecha.
No encontro na Ilha, o cantor tirou fotos com quase todos os integrantes da peça, convidou a turma para almoçar e ainda viu um deles se emocionar como fã.
— Quando eu era adolescente, tinha no quarto uma foto autografada por você e pelo Claudinho! — revelou o ator Marcelo Cavalcanti, com lágrimas nos olhos.
Créditos: Jornal Extra - Foto: Joana Coimbra
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