MCs voltam a organizar bailes funk no Alemão e pedem fim da violência
21:09O grito de guerra ontem à tarde, no Complexo do Alemão, não tinha nada a ver com estratégias militares. “É proibido usar calcinha”, bradavam as caixas de som, chamando a população para o tradicional baile funk do Clube Paranhos, em Olaria, que foi prejudicado por causa da chuva.
— Nós achamos que o funk ia ser proibido. Ficamos até surpresos quando conseguimos a liberação do baile no batalhão — comemorava o organizador Alexsander Henriques, de 32 anos, que chegou a ser levado para a delegacia durante a operação na favela:
— Saí algemado como se fosse bandido. Na delegacia, mostrei minha carteira de trabalho assinada como mecânico de máquina industrial. Toda operação tem suas consequências. Agora, a gente só quer viver em paz.
Morador do Complexo do Alemão, o MC Playboy estava feliz por estrelar o primeiro baile após a ocupação. Um dos fundadores do AfroReggae na favela, ele lançou o videoclipe “Por Amor 2”, ao lado de outras atrações como a Jaula das Gostosudas.
— O Morro do Adeus com o Complexo se uniu (sic). A guerra acabou, assim a paz surgiu. O que era um sonho tornou-se realidade — cantou no baile ao lado da equipe Pitbull:
— Mas o Pitbull é boladinho, faz mal a ninguém — brinca Playboy.
Em frente ao clube, cerca de 15 militares faziam a segurança.
Créditos: Clarissa Monteagudo - Extra
"Se você e/ou sua empresa possui os direitos de alguma imagem/reportagem e não quer que ela apareça no Funk de Raiz, por favor entrar em contato. Serão prontamente removidas".
0 COMENTÁRIOS
- Não serão aceitos comentários anônimos ou assinados com e-mail falso.
– Serão, automaticamente, descartados os comentários que contenham insultos, agressões, ofensas e palavras inadequadas.
– Serão excluídos, igualmente, comentários com conteúdo racista, calunioso, difamatório, injurioso, preconceituoso ou discriminatório.
– Os comentários publicados poderão ser retirados a qualquer tempo, em caso denúncia de violação de alguma das regras acima estabelecidas.