Chegada de postos policiais pacificadores pôs fim a bailes funk em comunidades do Rio
04:01A instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em comunidades do Rio de Janeiro representou o fim de uma das poucas opções - única em certos casos - de lazer de jovens dessas áreas: o baile funk. Na opinião de lideranças comunitárias, com essa medida, baseada em uma lei que regulamenta essas festas, a Polícia Militar perde a oportunidade de conquistar os jovens, que são mais vulneráveis às investidas do tráfico de drogas.
Na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na zona oeste, o funk se confunde com a história da comunidade. O filme de Fernando Meirelles, Cidade de Deus, mostra a influência do baile na vida social e cultural da CDD. Para Aluísio Gomes da Silva, integrante do Comitê Comunitário e Agência CDD de Desenvolvimento Local, proibir os bailes foi a maior violência que a PM já cometeu contra a comunidade.
- Chegou a UPP, acabou o funk.
A reclamação é a mesma no morro Dona Marta, em Botafogo, na zona sul do Rio. Segundo o presidente da Associação de Moradores do Morro de Dona Marta, José Mário Hilário dos Santos, não há opção de lazer.
-Eles [jovens] veem na TV o que eles criaram [funk] e não podem curtir. Nós não queremos que nossos jovens frequentem bailes em outro lugar. Eles [policiais] deveriam focar na juventude, mas abriram um espaço enorme com isso.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública, que responde pelas UPPs, informou que os bailes funk não estão proibidos, mas precisam cumprir exigências de lei que pede que o organizador da festa informe o batalhão da PM, o Corpo de Bombeiros e a delegacia da região sobre o local do evento com antecedência.
O responsável também deve contratar segurança regularizada e garantir que haverá um médico para atendimentos de emergência, além de banheiros suficientes para o público. O órgão afirma que esse tipo de exigência é feito para bailes funk e raves, conforme lei estadual, e que há fiscalização.
O fim de bailes funk nas comunidades e a obrigatoriedade do fechamento de bares às 23h também desagradou moradores das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, onde também há uma UPP. Para o presidente da associação de moradores, Cléudio Araújo Lima, a proibição é preconceituosa. Segundo ele, em alguns bares há também o forró, que também deve terminar às 23h.
- O cara que trabalha até meia noite lá no asfalto da zona sul, de porteiro, em restaurantes, e sai à meia-noite chega na comunidade e não tem um forró para ele se divertir, um boteco para ele tomar uma cerveja.
Na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na zona oeste, o funk se confunde com a história da comunidade. O filme de Fernando Meirelles, Cidade de Deus, mostra a influência do baile na vida social e cultural da CDD. Para Aluísio Gomes da Silva, integrante do Comitê Comunitário e Agência CDD de Desenvolvimento Local, proibir os bailes foi a maior violência que a PM já cometeu contra a comunidade.
- Chegou a UPP, acabou o funk.
A reclamação é a mesma no morro Dona Marta, em Botafogo, na zona sul do Rio. Segundo o presidente da Associação de Moradores do Morro de Dona Marta, José Mário Hilário dos Santos, não há opção de lazer.
-Eles [jovens] veem na TV o que eles criaram [funk] e não podem curtir. Nós não queremos que nossos jovens frequentem bailes em outro lugar. Eles [policiais] deveriam focar na juventude, mas abriram um espaço enorme com isso.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública, que responde pelas UPPs, informou que os bailes funk não estão proibidos, mas precisam cumprir exigências de lei que pede que o organizador da festa informe o batalhão da PM, o Corpo de Bombeiros e a delegacia da região sobre o local do evento com antecedência.
O responsável também deve contratar segurança regularizada e garantir que haverá um médico para atendimentos de emergência, além de banheiros suficientes para o público. O órgão afirma que esse tipo de exigência é feito para bailes funk e raves, conforme lei estadual, e que há fiscalização.
O fim de bailes funk nas comunidades e a obrigatoriedade do fechamento de bares às 23h também desagradou moradores das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, onde também há uma UPP. Para o presidente da associação de moradores, Cléudio Araújo Lima, a proibição é preconceituosa. Segundo ele, em alguns bares há também o forró, que também deve terminar às 23h.
- O cara que trabalha até meia noite lá no asfalto da zona sul, de porteiro, em restaurantes, e sai à meia-noite chega na comunidade e não tem um forró para ele se divertir, um boteco para ele tomar uma cerveja.
Créditos: Portal R7
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