Homenagem criminosa??
03:21Por MC Leonardo
No dia 10 de fevereiro último aconteceu, no Teatro João Caetano, o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. O prêmio foi dedicado a Augusto Boal e homenageou Fernanda Montenegro, Heitor Vila Lobos e, acreditem, o Funk Carioca.
Corajosamente, a Secretária de Cultura, Adriana Rattes, e a Presidente do Conselho Estadual de Cultural, Ana Arruda Callado, reconheceram as vitórias recentes que o Funk Carioca conquistou na política, tendo sido reconhecido por lei como movimento cultural. Assim, resolveram homenageá-lo.
Como era de se esperar, muita gente criticou, dizendo ser um absurdo o Funk Carioca ser homenageado em meio a pessoas de tanta importância para a cultura brasileira e blá, blá, blá... Mas foi do pai do governador do Rio que saiu a mais polêmica crítica: “Homenagear o Funk como cultura carioca é um crime com o Rio de Janeiro, pois o Funk é Americano”.
Pergunto ao Sergio Cabral (pai): Seria o Funk Americano, mesmo? Ou ele seria parte do que a diáspora Africana espalhou pelo mundo? Como é o caso de vários segmentos musicais, inclusive o samba tanto pesquisado pelo senhor.
O que se produz de Funk no Rio de Janeiro é chamado mundo a fora de “Música eletrônica Brasileira”; as melodias dos Raps e do Funk Carioca não têm influência alguma de Marvin Gaye ou James Brown.
Somos melodicamente muito mais influenciados pelo Samba, Cirandas de Roda, Macumba, Roda de Capoeira, Coco de Embolada e tantas outras influências musicais que estão mais próximas do que a nossa gente ouviu dentro das favelas do que qualquer coisa que venha de fora.
Temos que lembrar que a Bossa Nova foi criticada por alguns por fazer um “som gringo” e dizer ser Brasileira.
Que a Jovem Guarda nasceu do Rock que se fazia lá fora.
Que o Tropicalismo sofreu por conta de ser tão novo pros ouvidos brasileiros e ter conseguido um reconhecimento significativo na nossa música quase 15 anos após ter sido extinto.
Que o Forró surgiu de uma festa Europeia.E o Samba nem é preciso lembrar aqui, pois foi o que mais sofreu pra se desenvolver dentro do quadro de música popular Brasileira.
A Marchinha de carnaval, que é pra muitos a raiz mais importante na música popular do Rio de Janeiro e também foi pesquisada minuciosamente pelo Senhor Sergio Cabral, é na verdade o resultado da metamorfose de uma Marcha Portuguesa, e nem por isso nós vamos desnacionalizar a nossa Marchinha.
Tenho visto tanta gente falar com pré-conceito a respeito do Funk, que nem respondo mais, mas sei que não é o caso do jornalista e escritor Sergio Cabral, que conhece o Rio como poucos e que deu uma importante contribuição pra união cultural dessa cidade.
O que há é uma desinformação por parte dele, e estarei sempre à disposição pra informar e debater sobre o assunto.
“Viva o Funk Carioca, viva a cultura em geral, viva Heitor, viva Fernanda e viva Augusto Boal!”
“TAMUJUNTO” e misturado!
Mc Leonardo é cantor e compositor. Atualmente preside da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk)
Créditos: Revista Caros Amigos
No dia 10 de fevereiro último aconteceu, no Teatro João Caetano, o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. O prêmio foi dedicado a Augusto Boal e homenageou Fernanda Montenegro, Heitor Vila Lobos e, acreditem, o Funk Carioca.
Corajosamente, a Secretária de Cultura, Adriana Rattes, e a Presidente do Conselho Estadual de Cultural, Ana Arruda Callado, reconheceram as vitórias recentes que o Funk Carioca conquistou na política, tendo sido reconhecido por lei como movimento cultural. Assim, resolveram homenageá-lo.
Como era de se esperar, muita gente criticou, dizendo ser um absurdo o Funk Carioca ser homenageado em meio a pessoas de tanta importância para a cultura brasileira e blá, blá, blá... Mas foi do pai do governador do Rio que saiu a mais polêmica crítica: “Homenagear o Funk como cultura carioca é um crime com o Rio de Janeiro, pois o Funk é Americano”.
Pergunto ao Sergio Cabral (pai): Seria o Funk Americano, mesmo? Ou ele seria parte do que a diáspora Africana espalhou pelo mundo? Como é o caso de vários segmentos musicais, inclusive o samba tanto pesquisado pelo senhor.
O que se produz de Funk no Rio de Janeiro é chamado mundo a fora de “Música eletrônica Brasileira”; as melodias dos Raps e do Funk Carioca não têm influência alguma de Marvin Gaye ou James Brown.
Somos melodicamente muito mais influenciados pelo Samba, Cirandas de Roda, Macumba, Roda de Capoeira, Coco de Embolada e tantas outras influências musicais que estão mais próximas do que a nossa gente ouviu dentro das favelas do que qualquer coisa que venha de fora.
Temos que lembrar que a Bossa Nova foi criticada por alguns por fazer um “som gringo” e dizer ser Brasileira.
Que a Jovem Guarda nasceu do Rock que se fazia lá fora.
Que o Tropicalismo sofreu por conta de ser tão novo pros ouvidos brasileiros e ter conseguido um reconhecimento significativo na nossa música quase 15 anos após ter sido extinto.
Que o Forró surgiu de uma festa Europeia.E o Samba nem é preciso lembrar aqui, pois foi o que mais sofreu pra se desenvolver dentro do quadro de música popular Brasileira.
A Marchinha de carnaval, que é pra muitos a raiz mais importante na música popular do Rio de Janeiro e também foi pesquisada minuciosamente pelo Senhor Sergio Cabral, é na verdade o resultado da metamorfose de uma Marcha Portuguesa, e nem por isso nós vamos desnacionalizar a nossa Marchinha.
Tenho visto tanta gente falar com pré-conceito a respeito do Funk, que nem respondo mais, mas sei que não é o caso do jornalista e escritor Sergio Cabral, que conhece o Rio como poucos e que deu uma importante contribuição pra união cultural dessa cidade.
O que há é uma desinformação por parte dele, e estarei sempre à disposição pra informar e debater sobre o assunto.
“Viva o Funk Carioca, viva a cultura em geral, viva Heitor, viva Fernanda e viva Augusto Boal!”
“TAMUJUNTO” e misturado!
Mc Leonardo é cantor e compositor. Atualmente preside da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk)
Créditos: Revista Caros Amigos
Saiba mais aqui: http://www.cultura.rj.gov.br/materias/cultura-premiada-no-rio
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