Mr. Catra
17:25
Em um sábado frio e chuvoso, trombamos com Mr. Catra no hall de um hotel no Centro de Porto Alegre. Grande autoridade do funk brasileiro, bombando em pistas da França, da Alemanha e de Israel, o cara foi metralhado por uma série de perguntas.
No entanto, o tempo de Catra é escasso. Eram 23h, o cara tinha passado as últimas sete horas dentro de um avião e ainda não tinha nem jantado. Para completar, uma maratona de quatro apresentações na mesma noite o aguardava.
Sem perder o bom humor, Mr. Catra respondeu tudo o que deu tempo para perguntar.
E aí Catra, tá chegando de onde?
Catra: Cara, tô chegando de Manaus. Sete horas dentro do avião. Três horas de Manaus para Brasília e mais quatro horas para cá.
E aqui em Porto Alegre você vai fazer quantos shows?
Catra: Quatro, mas não é muito, no Rio eu já cheguei a fazer 16, começando às duas da tarde e terminando às quatro da manhã.
Cara, na música “Adultério”, você canta em cima da base da “Tédio”, do Biquíni Cavadão, que liberou numa boa. Você já teve problema com alguém que não quis liberar uma música?
Catra: Não, mano. O legal é que isso dá uma energia nova na música. O “Tédio” é um clássico do rock nacional então eu procuro fazer essas paradas em cima dos clássicos para o pessoal saber a origem. Só faço paródia de música nacional, tá ligado? Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Milton Nascimento...
Você teve uma banda de rock que se chamava Beco, o que você tocava?
Catra: Eu cantava, mandava ver no rock’n’roll.
E como era o som do Beco?
Catra: Era pós-punk, bem legal, uma época boa. Depois disso montei uma banda de hip-hop com o DJ Neurose, que hoje tá trabalhando com o Gabriel, O Pensador. Mas algum tempo depois achei essa cultura maravilhosa da música eletrônica brasileira, que é o que há de mais moderno no País hoje.
E como foi essa virada do hip-hop para o funk?
Catra: Mano, o rap e o funk andam lado a lado, tá ligado? Porque é papo de gueto, é papo de favela. Então foi natural.
Em que bairro do Rio você nasceu?
Catra: Eu sou da Zona Norte, da Tijuca.
Alguns funkeiros dizem que essa parte do proibidão é imposta pelos traficantes locais, que obrigam o cara a cantar certas músicas, isso é verdade?
Catra: Não sofre pressão, não. O que rola é que aquela música é o som que a favela canta para a favela, então são músicas que ninguém sabe o autor e neguinho passa pra gente cantar. Mas não tem pressão nenhuma, canta quem quer. Ninguém ganha nada cantando proibidão.
No circuito funk é impressionante o número de shows que os cantores fazem em uma mesma noite. Como é que você se prepara para uma noite de trabalho dessas?
Catra: Ah, mano, tem que treinar que nem jogador de futebol, tem que ter preparo físico.
E que preparação física é essa que você faz?
Catra: Eu pedalo e nado todos os dias, senão não banca, mano.
A voz, como é que fica nessa história?
Catra: Graças a Deus tenho meu técnico de som que me dá a maior força, fortalece legal a voz na mesa e eu não preciso forçar tanto.
Catra, pra finalizar, qual sua droga favorita e qual a melhor noite do Rio de Janeiro?
Catra: Porra, a melhor noite pra curtir? Depende de que noite você gosta. Se o cara quer uma noite sensual e erótica, tem que ir na 4x4, Café Paris, Cancun e a 502. Que são centros de lazer, saca, filhote? (risos). Se você quer uma boate legal tem Baronete, Cat Walk. E a The Week e a La Girl que são da rapaziada GLS, mas é legal para o público geral. Pra curtir e ver que não tem neurose, é o símbolo da liberdade. Você não precisa ser GLS para freqüentar o lance. Pode ir na moral que ninguém vai te agarrar.
Na tua área, lá na Zona Norte?
No entanto, o tempo de Catra é escasso. Eram 23h, o cara tinha passado as últimas sete horas dentro de um avião e ainda não tinha nem jantado. Para completar, uma maratona de quatro apresentações na mesma noite o aguardava.
Sem perder o bom humor, Mr. Catra respondeu tudo o que deu tempo para perguntar.
E aí Catra, tá chegando de onde?
Catra: Cara, tô chegando de Manaus. Sete horas dentro do avião. Três horas de Manaus para Brasília e mais quatro horas para cá.
E aqui em Porto Alegre você vai fazer quantos shows?
Catra: Quatro, mas não é muito, no Rio eu já cheguei a fazer 16, começando às duas da tarde e terminando às quatro da manhã.
Cara, na música “Adultério”, você canta em cima da base da “Tédio”, do Biquíni Cavadão, que liberou numa boa. Você já teve problema com alguém que não quis liberar uma música?
Catra: Não, mano. O legal é que isso dá uma energia nova na música. O “Tédio” é um clássico do rock nacional então eu procuro fazer essas paradas em cima dos clássicos para o pessoal saber a origem. Só faço paródia de música nacional, tá ligado? Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Milton Nascimento...
Você teve uma banda de rock que se chamava Beco, o que você tocava?
Catra: Eu cantava, mandava ver no rock’n’roll.
E como era o som do Beco?
Catra: Era pós-punk, bem legal, uma época boa. Depois disso montei uma banda de hip-hop com o DJ Neurose, que hoje tá trabalhando com o Gabriel, O Pensador. Mas algum tempo depois achei essa cultura maravilhosa da música eletrônica brasileira, que é o que há de mais moderno no País hoje.
E como foi essa virada do hip-hop para o funk?
Catra: Mano, o rap e o funk andam lado a lado, tá ligado? Porque é papo de gueto, é papo de favela. Então foi natural.
Em que bairro do Rio você nasceu?
Catra: Eu sou da Zona Norte, da Tijuca.
Alguns funkeiros dizem que essa parte do proibidão é imposta pelos traficantes locais, que obrigam o cara a cantar certas músicas, isso é verdade?
Catra: Não sofre pressão, não. O que rola é que aquela música é o som que a favela canta para a favela, então são músicas que ninguém sabe o autor e neguinho passa pra gente cantar. Mas não tem pressão nenhuma, canta quem quer. Ninguém ganha nada cantando proibidão.
No circuito funk é impressionante o número de shows que os cantores fazem em uma mesma noite. Como é que você se prepara para uma noite de trabalho dessas?
Catra: Ah, mano, tem que treinar que nem jogador de futebol, tem que ter preparo físico.
E que preparação física é essa que você faz?
Catra: Eu pedalo e nado todos os dias, senão não banca, mano.
A voz, como é que fica nessa história?
Catra: Graças a Deus tenho meu técnico de som que me dá a maior força, fortalece legal a voz na mesa e eu não preciso forçar tanto.
Catra, pra finalizar, qual sua droga favorita e qual a melhor noite do Rio de Janeiro?
Catra: Porra, a melhor noite pra curtir? Depende de que noite você gosta. Se o cara quer uma noite sensual e erótica, tem que ir na 4x4, Café Paris, Cancun e a 502. Que são centros de lazer, saca, filhote? (risos). Se você quer uma boate legal tem Baronete, Cat Walk. E a The Week e a La Girl que são da rapaziada GLS, mas é legal para o público geral. Pra curtir e ver que não tem neurose, é o símbolo da liberdade. Você não precisa ser GLS para freqüentar o lance. Pode ir na moral que ninguém vai te agarrar.
Na tua área, lá na Zona Norte?
Catra: Porra, na Zona Norte a gente tem o Olímpico, que tá bombando, tem o Circo Voador, Alto Lapa ... Porra, mas me esqueci de falar qual a droga que eu uso, né? De vez em quando eu tomo um uísque e não vou falar de maconha porque maconha não é droga, tá ligado? Fui! Abraço!
Créditos Foto: Jornal Funk Mania
2 COMENTÁRIOS
Olha eu conheço o Mr.catra pessoalmente e deixei de ser apenas uma fã aqui de Brasília e passei a ser tb uma amigona!!!!!!! não tenho e não teria jamais algo de ruim pra falar dessa pessoa,só que quem o conhece tem um previlogio desse.Muitos leigam criticam não só o funk como o cantor como se fosse uma forma fácil e criminal de ser manter e viver a vida!!A verdade é que por de trás desse cantor que por muitos não passa de um "vagabunDO"existe um grande homen que poucos homens que tem vários diplomas debaixo do braço chegam aos pés dele.Negão DEus te acompanhe sempre na sua jornada!BJão tua amiga Thaíss
ResponderExcluirOi Thaís, tudo bem?
ResponderExcluirQualquer funkeiro independente de quem seja é julgado. Eu sou julgada e criticada a todo momento. Infelizmente a vida é assim!
Tem pessoas que são descaradas, essas são melhores de lidar porque te dão a oportunidade de se defender, triste são aquelas que ficam escondidas falando um monte de asneiras baseada apenas em seu preconceito.
As pessoas são hipócritas, só falam mal porque o FUNK é ritmo de preto, pobre e favelado, mas depois da cara cheia de cachaça rebolam até o chão nas festinhas dentro dos seus condomínios de luxo, sem se importar que tipo de letra está tocando ali e com as crianças à sua volta.
E há quem diga que baixaria e apologia só existe no funk... Pode isso?
Obrigada por sua visita e comentário. Volte sempre!
Bjos
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